Direto de Brasília
Congresso é iluminado de amarelo em alerta sobre as hepatites virais
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As cúpulas do Congresso Nacional serão iluminadas de amarelo entre domingo (28) e quarta-feira (31) para marcar a passagem do Julho Amarelo, campanha contra as hepatites virais. A iniciativa de alterar a cor do prédio foi adotada a partir de propostas encaminhadas pelo senador Jayme Campos (DEM-MT) e também pelo deputado federal Ricardo Barros (PP-PR).
A campanha Julho Amarelo foi instituída pela Lei 13.802/19 e coincide com o Dia Mundial de Luta contra as Hepatites Virais, 28 de julho, criado pela Organização Mundial de Saúde (OMS) em 2010.
— Uma das prerrogativas do Senado da República é zelar pela qualidade de vida do cidadão brasileiro. Nesse sentido, o Julho Amarelo constitui importante mecanismo de luta no combate às hepatites virais. Manter a população bem informada se torna uma grande arma na prevenção desse terrível mal — disse Jayme Campos.
O Ministério da Saúde estima que há 1,7 milhão de brasileiros portadores do vírus da hepatite C e 756 mil portadores do vírus da hepatite B.
Inflamações
No Brasil, as hepatites virais mais comuns são as causadas pelos vírus A, B e C. Existem, ainda, os vírus D e E, esse último mais frequente na África e na Ásia. Milhões de pessoas no Brasil são portadoras dos vírus B ou C e não sabem. Em nosso país, das cerca de 33 mil mortes por hepatites virais por ano, 70% são decorrentes da hepatite C, seguido da hepatite B (21,8%) e A (1,7%).
Para o deputado Ricardo Barros, o grande desafio no que se refere às hepatites virais é a falta de conhecimento, uma vez que a doença nem sempre apresenta sintomas.
— Muitas pessoas não sabem que estão infectadas e, além de não realizarem o devido tratamento, acabam disseminando a doença. Por isso recomenda-se a realização do teste para hepatite C pelo menos uma vez na vida com o objetivo de diagnosticar e tratar o mais precocemente — aconselhou o parlamentar, que também já foi ministro da Saúde.
A falta de sintomas aumenta os riscos de a doença evoluir e se tornar crônica, causando danos mais graves ao fígado, como cirrose e câncer. O SUS oferece tratamento para todos independente do grau de lesão do fígado.